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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um Castelo Medieval em pleno Paraíso Tropical - Praia do Forte/Bahia

Castelo da Praia do Forte - Bahia

O Castelo de Garcia D'Ávila, em Praia do Forte, litoral norte da Bahia, foi iniciado em 1551 e concluído em 1624. Suas ruínas estão entre as mais antigas do Brasil. 

Garcia D'Avila chegou ao Brasil na expedição de Tomé de Souza, em 1549, sendo nomeado o feitor e almoxarife da Cidade do Salvador e da Alfândega. 


Fundação também é responsável pela restauração, preservação e manutenção da Casa da Torre, única construção das Américas com caraterísticas medievais, erigida em 1551 no alto de Tatuapara e também conhecida como Castelo de Garcia D'Ávila.

A edificação, tombada pelo IPHAN em 1937, está inserida no Parque Histórico e Cultural, do qual também fazem parte o Sítio Arqueológico, a área no entorno destinada à realização de eventos e um Centro de Visitação com 1.700m², onde está exposta a maquete do Castelo e instalados salões para exposições, loja, salas para reunião, audio-visual e áreas administrativas.





Parque Histórico e Cultural, um complexo que compreende as ruínas da Casa da Torre (Castelo Garcia D'Ávila) e a área em seu entorno, um sítio arqueológico e um Centro de Visitação com 1.700m², formado por um amplo salão onde está exposta a maquete (modelo reduzido) do Castelo e espaços onde estão instaladas salas para exposições históricas e arqueológicas, loja, salão para áudio visual, belvedere e centro administrativo.

A  título de contribuição, é cobrada uma taxa para visitação, cuja arrecadação é destinada à manutenção e proteção das Ruínas, gerando empregos para a população nativa.

Ampliando suas atividades, o Parque oferece ainda excelente área para eventos, comportando cerimônias como casamentos, comemorações, aniversários, exposições e festas de empresas, obedecendo-se às regras comportamentais estabelecidas pelo IPHAN e pela Fundação.

Origens

A Casa da Torre tem suas origens na iniciativa de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, casado com Catarina Álvares, a Paraguaçu, uma Tupinambá batizada na França com o nome de Catarina do Brasil - o primeiro casal cristão na colônia brasileira.

A descendência de ambos, através de Diogo Álvares Dias, filho de Genebra Álvares e Vicente Dias, natural de Beja, entrelaçou-se não apenas na progênie (Isabel de Ávila) de Garcia d'Ávila com a indígena Francisca Rodrigues, como na geração de Jerônimo de Albuquerque com a filha da aldeia de Olinda, Muira-ubi - Maria do Espírito-Santo Arcoverde. 

Vinculou-se, mais tarde, com os descendentes de Domingos Pires de Carvalho, casado com Maria da Silva; com a geração de Felipe Cavalcanti casado com Catarina de Albuquerque e com a descendência do casal José Pires de Carvalho - Tereza Vasconcellos Cavalcanti, de Albuquerque Deus-Dará, formando o arcabouço daaristocracia do Recôncavo Baiano.

Invasões Neerlandesas do Brasil e expansão

No contexto da segunda das invasões neerlandesas ao Brasil (1630-1654), o seu neto, Francisco Dias de Ávila Caramuru (c. 1621-1645), auxiliou na defesa, fornecendo homens e víveres: a Casa foi utilizada como refúgio temporário por Giovanni di San Felice, conde de Bagnoli, que assumiu o comando das forças portuguesas após o desastre na batalha de Mata Redonda (janeiro de 1636) (GARRIDO, 1940:83). 

Dos domínios da Casa da Torre, partiram as primeiras bandeiras sertanistas que introduziram a pecuária na região Nordeste do BrasilFrancisco Dias de Ávila II (c. 1646-1694), na segunda metade do século XVII, após dominar os Cariris, ampliou as fronteiras desse latifúndio familiar até os sertões de Pernambuco.

No século seguinte, o seu sucessor, Garcia de Ávila Pereira, atendeu solicitação do Governador-Geral D. Rodrigo da Costa (1702-1705), para substituir o antigo Forte da Praia, então desaparecido, e fez construir, às próprias expensas, o Forte de Tatuapara, em alvenaria de pedra e cal (Carta a Garcia d'Avila (3º) em 23 de agosto de 1704. in: 

"Anais do Arquivo Público da Bahia (Vol. VI)", p. 157-158. Documentos Históricos (Vol. XL), p. 180. apud: CALMON, 1958:150), hoje por sua vez desaparecido. Este morgado comandava, na ocasião, um Regimento de Auxiliares composto por três Companhias, com a função de guarnecer a costa entre o rio Real e o rio Vermelho (CALMON, 1958:130). De acordo com GARRIDO (1940), a sua artilharia teria sido completada em torno de 1710-1711 (op. cit., p. 83). Com a morte deGarcia de Ávila Pereira de Aragão em 1805, na ausência de herdeiros o morgadio da Torre passou para os Pires de Carvalho e Albuquerque (SOUSA, 1983:111).



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